quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sonho em Vida

Sonho em paralelo 
Aberturas e vias que não acabam 
num jardim qualquer 
Avenidas atravessam e extravasam 
As noites inteiras ao som de mosquitos 
E sombras. 

Não há nada que não se modifique 
com o passar lento ou rápido dos dias. 
Tudo como num navio estranho 
Vagando em águas intranqüilas e mareando 
As vagas lembranças do que ainda trago 

Não, não há nada que não mude 
Com o correr longo dos rios 
A vida vai e com ela sempre vem as angústias 
E pesadelos que se foram enganosamente 
em um dia claro de sol ardente 

Arde-me ainda o pensar 
nos pensamentos que não me entenderam, 
as idéias que não me viram em mim 
que julgaram sem prever a minha dor 
pelo que eles não puderam compreender 

Rezo! Desculpo-lhes as más intenções 
Não sabiam o que fizeram 
E agora seguem seus caminhos como eu 
Sem saber exatamente para onde vão 

Mas penso no que eu era 
Não sou mais o que fui e não voltarei a sê-lo 
Mas agora sigo gira pelo mundo 
Aprendi a fazer as portas 
se abrirem quando eu quero 

As fechaduras já não me armam ciladas 
Já não temo 
E então, eu vou... 
Vou indo como o pássaro que nada teme 
Que sente o vento tremer as casas 
E não se abala com sua força 

Olho a minha volta 
O céu de manhã é lindo como a aurora 
Quando o sol vai embora 
E se despede tranqüilo porque sabe 
Que amanhã é um novo dia 
E que o que registrará na página em branco 
Será a única razão, que então, 
Por algum motivo, o guiará... 

Gió – 20/12/2007.

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