domingo, 20 de dezembro de 2009

3° - Terceira Palavra -



Mulher, eis aí teu filho; olha aí a tua mãe."
(João 19:26-27).



Jesus, do alto da cruz, contempla os poucos amigos que o seguiram até oCalvário, e com aquelas palavras confia seu discípulo (cujo nome não é citado, mas crê-se que seja João) aos cuidados de sua mãe Maria, e ela a ele. A Igreja Católica costuma tomar esta incumbência simbolicamente, como Maria sendo entregue a toda a igreja nascente, como imagem de sua maternidade universal, e como uma prova de que ela não tinha outros filhos, que poderiam cuidar dela. Se eles existissem, tal afiliação seria considerada insultuosa aos negligenciados irmãos de Jesus, no contexto da cultura judaica do século I.


Para entendermos esta palavra, vamos começar pelo livro de Gênesis 3.6, 7, onde o homem acabou perdendo a sua maior herança: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.

Gênesis 3.23, 24: O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulsou o homem, e pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada, que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

Hebreus 12.16, 17: Esaú, por um bocado de manjar, vendeu o seu direito a primogenitura; e querendo ele ainda herdar a benção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrima o buscou. Esaú pecou, e quando veio o arrependimento, não achou lugar para alcançar o perdão, porque o pecado havia entrado no homem, e foram expulsos do paraíso, que Deus havia formado para o homem viver eternamente. O Senhor havia colocado anjos, vigiando o caminho da árvore da vida, que é o paraíso que Cristo prometeu ao homem que estava crucificado ao seu lado.

Na carta aos Romanos 3.20, a palavra afirma que nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei, vem o conhecimento do pecado, fazendo-se necessário que o Senhor Deus entregasse o seu próprio filho a habitar entre nós, o qual deu a sua vida em sacrifício vivo numa cruz, porque sem derramamento de sangue não haveria remissão dos pecados, o qual também ressuscitou ao terceiro dia para a esperança da nossa salvação ( Romanos 4:25 ).

E hoje, pela aspersão do seu sangue, achamos lugar de arrependimento porque Cristo levou sobre si o pecado do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta do paraíso e nós, sendo inimigos de Deus, fomos reconciliados pela morte do seu filho, e, pelo seu sangue restabeleceu a paz entre Deus e o homem.

Mateus 10.32: Disse Jesus: Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.

Romanos 109: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus Cristo, e com teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.

Lucas 5.31 e 32, Ele disse: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento. E no livro de Lucas 19.10, Jesus ainda disse:Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.





Apesar de todas as nossas infidelidades, ele não nos deixou órfãos: deu a sua própria mãe como nossa mãe. Mas seremos dignos de ser filhos daquela que disse o sim, totalmente incondicional, quando convidada a ser parte essencial do plano de Deus para nos salvar? Seremos nós também capazes de dar esse sim incondicional e, em cada atividade, testemunhar o Evangelho sem timidez? Não fomos feitos filhos adotivos de Maria e, por conseqüência, irmãos de Jesus Cristo, apenas para nos vangloriarmos de ser cristãos, sacerdotes ou ministros extraordinários da Igreja. Somente tomando consciência disso, ouviremos de Jesus: "Filho, eis aí tua mãe!



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