quarta-feira, 13 de maio de 2009

Perigosa

Estrela perigosa 
Rosto ao vento 
Barulho e silêncio 
leve porcelana 
templo submerso 
trigo e vinho 
tristeza de coisa vivida 
árvores já floresceram 
o sal trazido pelo vento 
conhecimento por encantação 
esqueleto de idéias 
ora pro nobis 

Decompor a luz 
mistério de estrelas 
paixão pela exatidão 
caça aos vagalumes. 
Vagalume é como orvalho 
Diálogos que disfarçam conflitos por explodir 
Ela pode ser venenosa como às vezes o cogumelo é. 
No obscuro erotismo de vida cheia 
nodosas raízes. 
Missa negra, feiticeiros. 
Na proximidade de fontes, 
lagos e cachoeiras 
braços e pernas e olhos, 
todos mortos se misturam e clamam por vida. 
Sinto a falta dele 
como se me faltasse um dente na frente: 
excrucitante. 
Que medo alegre, 
o de te esperar.

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