sábado, 7 de maio de 2011

Minha Luz, minha Mãezinha

Uma breve pausa...calem-se todas as vozes...
Murmúrios de riachos, gorjeios de pássaros,
Assobios de ventos, lamentos, alaridos,
Gritos incontidos, gemidos, rangidos...
Somente as batidas de meu coração
Que agora chora, desmedida emoção...
Teu rosto nitidamente se retrata
Na moldura dourada de minha ilusão,
Teus olhos, dois faróis a iluminar...
Da janela da alma clareiam, me fazem enxergar.
Tua voz...
Ah, tua voz que brandamente
Percorria os espaços, enchendo-os de alegria,
Era voz de harmonia, voz de sabedoria.
Nunca se calou...
Ouço-a suavemente
No início das manhãs, ao deitar-se o sol poente.
Mãos de anjo...ainda sinto teus carinhos
A afagar devagarinho minhas dores, desilusões,
Ainda devem estar macias, possuem a supremacia ...
Nem a morte é capaz de apagar.
Mãe, esse silêncio é mais que uma prece...
É um grito de dor, é saudade, é amor que só cresce
Do amor que a mim despojastes, sem dimensão,
Que me faz caminhar, que me dá proteção
E que abraço por todos os cantos por onde passo...

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